“O recado é o seguinte: a hora é agora e vamo que vamo!” É no peso da banda mundo livre s/a que O Cine É Proibido Cochilar “guenta a óia” no mês de maio, exibindo dois longas-metragens que têm como tema o trabalhador brasileiro.
O primeiro, no dia 14 de maio, um clássico do cinema nacional: O homem que virou suco. Dirigido pelo mineiro João Batista de Andrade, o filme narra a história de Deraldo, poeta popular nordestino recém-chegado a São Paulo. Sobrevivendo de suas poesias e folhetos, o personagem é confundido com um trabalhador de uma multinacional que mata o patrão na festa em que recebe o título de operário-símbolo.
A obra aborda a resistência do poeta diante de uma sociedade opressora, esmagando o homem dia-a-dia, eliminando suas referências.Quinze dias depois (dia 28), chega a vez do documentário Vigias, primeiro longa do Marcelo Lordello, realizador da nova geração do pujante cinema pernambucano.
O filme se explica pelo próprio título: o autor e equipe acompanham a rotina dos homens que trabalham como guardiões de prédios de classe média na cidade do Recife. De acordo com o crítico da revista Cinética, Fábio Andrade, “Vigias leva o cinema pernambucano a um lugar que ele vem aspirando há algum tempo com diversos filmes, mas que até então escorria pelas frestas deixadas entre matéria e forma (como sempre, conceitos indissociáveis, mesmo que muitas vezes tratados como opostos: não há matéria sem forma): ser um filme verdadeiramente político”.Duas exibições imperdíveis!
Serviço:14/05 - O homem que virou sucoRoteiro e direção: João Batista de Andrade
90 min.
90 min.
28/05 – VigiasRoteiro e direção: Marcelo Lordello
70 min.
70 min.
Sempre as quartas-feiras no seguinte endereço:
Rua do Bom Jesus, 237 - Bairro do Recife
Recife – PE
Rua do Bom Jesus, 237 - Bairro do Recife
Recife – PE
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