Carta
Aberta
Por: Maria de
Andrade - escritora
O colonialismo literário da organização
da FLIPORTO, chega a Olinda em 2015, certos de que estão salvando a população
de selvagens residentes da referida cidade.
Afinal, a mesma não tem um
arcabouço histórico literário, que justifique ceder um espaço de divulgação
para os autores que ao longo do ano produzem o movimento literário no
município.
Não foi sempre assim, em 2010 quando
a direção da Feira Literária Internacional de Pernambuco resolveu deixar o
balneário de Porto de Galinhas em busca de novos horizontes que lhe
garantisse um maior fluxo de visitantes
e de consumidores, a portaram em Olinda prometendo uma maior visibilidade da
literatura local e uma interação com os autores que contribuem com a cidade,
fazendo palestras nas escolas públicas de Olinda e organizando recitais
gratuitos em espaços público.
Ao longo das diversas oportunidades
de acontecimento do evento os escritores e pensadores da literatura na cidade
comprovação a sua importância no contexto de atuação da FLIPORTO. Porém, em vez
de receberem reconhecimento de que são capazes de agregar valor, dando um tom
local, receberam a noticia de sua total exclusão do evento.
Quando evento se estalou na cidade
seu público era de cerca de 15 mil pessoas, logo no primeiro ano de atividade o
público saltou para 60 mil pessoas. E isso é também contribuição dos autores
que ao fazerem suas atividade as divulgam e convidam seus seguidores e amigos.
No começo favorecendo aqueles que não conseguiram comprar sua entrada para o
congresso literário, depois, favorecendo aos visitantes da feira o conhecimento
dos escritores atuantes da cidade.
Porém, nada disso foi capaz de
convencer a diretoria da FLIPORTO para mais uma vez produzir a parceria entre o
evento e a literatura local. Demonstrado descaradamente o desprezo pela
história literária da cidade e o valor das organizações que atuam contemporaneamente,
mantendo viva a tradição literária de Olinda.
Movimento
Artístico Literário - MAL