O carnaval é uma festa popular muito antiga e, por isso, não se sabe a origem exata dessa comemoração. Porém, varias são as teorias desta origem. Para CABRAL ele é uma festa que se originou na Grécia entre os séculos 600 a 520 a.C. e através destra comemoração os Gregos cultuavam aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. O que corrobora RUSSO afirmando que os cultos feitos pelos antigos para louvar boas colheitas agrárias, dez mil anos antes de Cristo, já poderíamos adotarmos como origem do carnaval. Porém, outros estudiosos dizem que seu início teria acontecido mais tarde, no Egito, em homenagem à deusa Ísis e ao Touro Apis, com danças, festas e pessoas mascaradas. Há quem atribua o início do carnaval aos gregos que festejavam a celebração da volta da primavera e aos cultos ao Deus Dionísio. E outros ainda falam da Roma Antiga com seus bacanais, saturnais e lupercais em honra aos deuses Baco, Saturno e Pã.
Mas na verdade o carnaval como conhecemos hoje tem uma origem Cristã, pois ele celebrava o fim do período comum e o inicio da quaresma, período de quarenta dias que os fieis tinham que resguardar para entrar puros na semana Santa. Este sacrifício tem vinculo com o período de preparação de Jesus Cristo, para estar pronto a se entregar a morte na via Cruzes. Quarenta dias de jejum e abstinência no Deserto.
Portanto durante a Idade Média uma festa que celebrava o adeus a carne, ou suspensão a carne, ganha as ruas de cidades como Veneza. Partindo para outras capitais Européias. No Brasil a festa teve influencia Portuguesa e era chamada de Entrudo, significava introdução, por sua vez se relacionava a quaresma. Portanto introdução a quaresma.
Aqui chegado o carnaval ganha varias faces, representado o mosaico cultural que existe em nosso país. Tais manifestações ganham feições próprias e temos abaixo do nome representações diferentes partindo das etnias dominantes ou da democracia étnica da região. Podemos citar como importantes representações: O desfile de escolas de samba Rio de Janeiro, Uruguaiana, Porto Alegre, Florianópolis, Manaus, Vitória. São Paulo e Rio Grande do Sul.
Em Salvador, o que predomina são os trios elétricos, caminhões equipados com potentes auto-falantes criados pelos músicos Dodô - e seu amigo Osmar Álvares Macêdo. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.
Blocos de Rua e os Líricos, são grupo de pessoas que saem desfilando pelas ruas das cidades para se divertir, sem competição.
Bailes de carnaval, realizados em clubes, ou em áreas públicas abertas, com execução de músicas carnavalescas.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem às ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu e do Caboclinho.
No século XIX, surge o frevo, tornando o carnaval de Pernambuco uma festa única do Brasil. Durante este período apareceram agremiações nos bairros populares. Os operários urbanos organizaram as primeiras agremiações dando-lhe nomes que referendavam suas ocupações. Tais quais: os caiadores, os lenhadores, etc. Com o tempo, surgiram clubes mais abertos, com nomes engraçados: Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente, Toureiros de Santo Antonio. Ao mesmo tempo dos maracatus, dos ursos, dos caboclinhos, das escolas de samba, estes clubes, troças e blocos, unindo as influências européias, africanas e indígenas, fazendo da tradição carnavalesca pernambucana berço e criadouro de uma democracia cultural.
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